O mundo corporativo tem cada vez mais falado sobre sustentabilidade e ESG.
Provavelmente, impulsionados pela realidade de que:
Ser sustentável agrega valor à marca e atrai cada vez mais clientes;
Os parceiros comerciais também estão ficando mais exigentes;
As empresas que não possuem responsabilidade socioambiental e transparência estão perdendo investimentos.
O Poder Público fiscaliza cada vez mais práticas insustentáveis e há condenações gravíssimas impostas às empresas (dieselgate, por exemplo).
Porém, não adianta levantar bandeira de sustentabilidade e não possibilitar aos seus funcionários, times e gestores que tenham equilíbrio econômico, social e ambiental em suas próprias vidas.
É clichê, mas parece que ainda incompreendido: a empresa começa nas pessoas e se mantem pelas pessoas.
Querem ser verdadeiramente sustentáveis? Saibam estimular seus times a vestirem a camisa da empresa, mas também a vestirem a sua própria camisa.
O trabalho é, logicamente, uma parte importantíssima de nossas vidas, mas, é uma parte.
Já passou da hora de gestores entenderem que os funcionários são estimulados pelo entusiasmo, pela empatia, pelo elogio; que eles darão o seu suor e serão mais produtivos se se sentirem prestigiados e cuidados.
Sustentabilidade? Comece valorizando a vida - e não apenas a profissão - de cada pessoa que compõe seu time, inclusive seus líderes.
Econômico: rendimentos justos, suficientes para sobreviver E desfrutar.
Ambiental: um ambiente de trabalho engajado, mas leve. Meritocrático, mas não agressivo ao ponto de perderem sua saúde mental e física. Incentive-os e possibilite que desfrutem de pausas em seu dia para sentir o ar, o sol, a chuva, a planta, a terra. Eduque e incentive práticas de consumo consciente.
Social (humano): possibilite uma harmonia entre saúde, profissão e família. Horas exageradas de trabalho por todos os dias não é sinônimo de produtividade. É, em geral, má distribuição de trabalho, sobrecarregamento, falta de equilíbrio. Afastam muitos excelentes profissionais das empresas ou, no mínimo, criam pessoas conformadas, que continuam nessa situação desequilibrada porque "o mundo corporativo é assim mesmo". (Garanto que você não quer alguém conformado trabalhando pra você e nem quer perder funcionários bons, a médio e longo prazo, por cansaço ou problemas de saúde físicos ou mentais).
Quer levantar a bandeira da sustentabilidade? Gerencie bem a sua própria casa. Até onde eu sei, nenhum conceito de sustentabilidade, ESG, impacto, responsabilidade socioambiental, etc, apresenta os termos sangue e lágrimas.
Precisamos incentivar a produtividade pela humanização. De robôs, já estamos saturados.
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